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Sentença sobre incêndio na boate Kiss deve sair na tarde de hoje (10)

Sendo os réus absolvidos ou condenados, tanto as defesas quanto o Ministério Público podem recorrer da decisão

G1

  • 10/12/21
  • 12:00
  • Atualizado há 119 semanas

O resultado do júri do incêndio da boate Kiss deve sair nesta sexta-feira (10), no Foro Central de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. A decisão sobre a sentença dos quatro réus foi adiada após o Ministério Público solicitar a réplica das defesas dos advogados, por volta das 23h40 de quinta-feira (9). As informações são do G1.

Devido ao pedido, a promotoria tem mais duas horas para sustentar a acusação, a partir das 10h, e abrem mais duas horas para as tréplicas da defesa, após um intervalo, às 13h15.

Em seguida, o Conselho de Sentença se reúne com o juiz Orlando Faccini Neto para a votação em uma sala secreta. A leitura da sentença deve acontecer no período da tarde.

A leitura da sentença deve acontecer na parte da tarde, após o Conselho de Sentença se reunir com o juiz Orlando Faccini Neto para a votação em uma sala secreta
A leitura da sentença deve acontecer na parte da tarde, após o Conselho de Sentença se reunir com o juiz Orlando Faccini Neto para a votação em uma sala secreta

Sendo os réus absolvidos ou condenados, tanto as defesas quanto o MP podem recorrer da decisão. No entanto, os tribunais só poderão modificar a pena ou determinar a realização de um novo julgamento, sem alterar a decisão dos jurados proferida nesta sexta.

Ao todo, o incêndio na boate Kiss deixou 636 feridos e 242 mortos na noite do dia 27 de janeiro de 2013, em Santa Maria. A tragédia é a maior com número de vítimas da história do Rio Grande do Sul, e a segunda do Brasil. A maioria dos mortos era jovem, entre 17 e 30 anos, e morador do município universitário gaúcho.

Os réus do caso são: Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, sócios da boate Kiss; Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista da Banda Gurizada Fandangueira, e Luciano Bonilha Leão, produtor musical.

CARTA PSICOGRAFADA

Na sessão de quinta-feira, a advogada Tatiana Borsa, representante do músico Marcelo de Jesus dos Santos, usou uma suposta carta psicografada de uma vítima da tragédia para defender seu cliente.

O vocalista teria sido responsável por acender o artefato pirotécnico dentro da boate, o que mais tarde causou o incêndio. Tatiana reproduziu um áudio que seria a leitura de uma mensagem psicografada de Guilherme Pontes Gonçalves, um dos 242 jovens mortos.

No texto, Guilherme isenta os responsáveis pela tragédia, afirmando que eles "também têm famílias": "Ao invés de gastar nosso pensamento procurando por culpados, vamos nos unir em oração".

A advogada contou que a psicografia foi recebida em 2013 pelo Centro Espírita Irmã Valquíria, localizado em Uberaba (MG), seis meses após a tragédia.

'SE FOR PARA TIRAR A DOR DOS PAIS, ME CONDENEM'

No mesmo dia, durante a manhã, o réu Luciano Bonilha Leão, auxiliar da banda Gurizada Fandangueira, disse que poderia ser condenado, se isso fosse diminuir a dor dos pais das vítimas.

"Se eu tivesse morrido lá, hoje sentada aqui tem a maior joia da minha vida, que é a minha mãe. Ela ia tá ali sentada com eles [familiares>", completou.

No primeiro dia de julgamento, Luciano Bonilha chegou ao Foro Central aos prantos.

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