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A crise energética na Europa e o custo barato da energia limpa do Brasil

Elisa Barbosa

  • 30/09/22
  • 08:00
  • Atualizado há 81 semanas

De acordo com o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, com a invasão russa à Ucrânia, e a consequente crise energética, o Brasil tem se tornado uma oportunidade para indústrias estrangeiras se transferirem.

Segundo o ministro, o Brasil tem um custo de energia de 40 euros por megawatt. Na Europa, está tabelado a 200 e chegou a bater 1.000. Com esse movimento de encarecer energia na Europa, muita indústria vai ser transferida pro Brasil. Joaquim afirma que o Brasil já produz muita energia limpa, entre elas a eólica, a solar e a biomassa, e ainda tem potencial para ampliá-la.

Com o valor baixo por megawatt, e produção recorde de energia limpa, o ministro apontou que o Brasil apresentará tais oportunidades de investimento no país na COP 27, a próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. Com um estande de 300 metros quadrados, o país falará sobre energias verdes, indústria e agro sustentável.

"A gente vai levar a oportunidade de você empreender e investir no Brasil especialmente por causa das energias verdes e desse volume de energia que o Brasil tem excedente. A gente está desenhando para ser uma conferência do clima de um Brasil real e sustentável", afirmou Leite, em entrevista à Voz do Brasil.

Divulgação - Elisa Barbosa - Colunista
Elisa Barbosa - Colunista

No entanto, cabe ressaltar que a conta de luz, no Brasil, é uma das mais caras do mundo. De acordo com a professora da PUC-RJ e coordenadora de energia do Climate Policy Initiative, Amanda Schutze, o país não aproveita o potencial que tem no tocante às energias renováveis.

Além disso, com a privatização da Eletrobrás, e as emendas à Medida Provisória 1.118/2022, estima-se que o consumidor irá pagar R$ 8 bilhões a mais por anos na conta de luz. Parte desse valor será de subsídio para empresas de energia eólica e solar, sendo que o Brasil é um dos produtores de energias eólica e solar com o custo mais baixo do mundo. O consumidor vem pagando para que as empresas tenham baixo custo de produção e, pelo que parece, agora, também para que indústrias estrangeiras produzam aqui com baixo custo, e às nossas custas.

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