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A nobre arte da verdadeira prática política

COLUNISTA - Thiago Hernandes

Prof. Me. Thiago Hernandes

  • 21/02/21
  • 09:00
  • Atualizado há 164 semanas

Quantos de nós já não ouviu a seguinte frase: "política, religião e futebol não se discutem". Será mesmo? Neste breve ensaio gostaria de tecer algumas observações que julgo como pertinentes, fruto dos aprendizados ao longo dos 17 anos de função docente.

Muitas pessoas ao se depararem com uma discussão, geralmente, se retraem. Muitas, acabam confundindo seu real sentido como prática de briga e/ou imposição. Discussão, não é exercício de convencimento, mas sim a condição caracterizada pela ação de duas ou mais pessoas debatendo determinado assunto com visões convergentes ou divergentes.

Logo, falar sobre política nada tem de assombroso, ao contrário, deve ser exercício recorrente de todos por possibilitar o conhecimento e o debate de temas e ações que norteiam nossa vida em sociedade.

Política pode ser entendida como atividade desempenhada pelo cidadão quando exerce seus direitos e deveres em assuntos públicos e particulares através da sua opinião, ação, e do seu voto. A prática política favorece a construção de bases sólidas para a convivência pacífica entre aqueles que constituem uma comunidade.

Deste modo, posso afirmar sem medo de errar, que não debater política é antes de tudo a negação de uma marca crucial que nos identifica. Ao abster-se da vida política você transfere ao outro seu direito de escolha/opinião sobre fatos que compreendem direta e/ou indiretamente a vida em sociedade.

Entretanto, muitos confundem essa prática com partidos políticos e politicagem.

Por partidos políticos, podemos defini-los como entidade jurídica, agremiação, formada por um coletivo de pessoas que em teoria compartilham de identidades ideológicas comuns.

Já por politicagem, prática a ser totalmente evitada e desprezada, é conduta de uma ou mais pessoas que se utilizam de privilégios, de favorecimentos para praticarem atos que venham ferir os princípios da legalidade e da vida, por meio de comportamentos inadequados, calúnias, crimes de diversas naturezas etc.

Exercer a prática política é estar inserido na comunidade, oportunidade de conhecer os problemas e buscar por soluções. É expandir o olhar para necessidades globais, corrigindo rotas, ampliando caminhos. É, também, o exercício do Estado de Direito, em que as pessoas possam livremente e responsavelmente se manifestar.

O desafio está no encontro do ponto de equilíbrio das divergências que também são necessárias, quando fundamentadas. A omissão do compromisso político oportuniza, favorece, alimenta, àqueles que usam do poder em benefício próprio.

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