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Cada qual no seu quadrado

COLUNISTA - Professor Thiago Hernandes

Prof. Me. Thiago Hernandes

  • 11/04/20
  • 14:00
  • Atualizado há 210 semanas

Com certeza nossos leitores conhecem a citação acima. Nossos pais, avós, tios sempre a usavam quando alguém se propunha fazer alguma cousa sem ter pleno conhecimento.

O que venho observando nesse tempo de Coronavirus e discussão cansativa, pouco profícua à sociedade, além de gerar falsas esperanças na rápida cura do mal.

Conforme o doutor Alfredo Salim, medico junto ao renomado Hospital Sírio-Libanês, em matéria divulgada neste sábado pela Bandnews, a disputa entre o poder político e os profissionais da área médica, está causando desconforto, falsas esperanças, comprometendo a rotina daqueles que verdadeiramente lutam para que cada vez mais pesquisas possam trazer os resultados necessários.

Não há como ser ignorado a pressão que o presidente Jair Bolsonaro vem fazendo pressão aos médicos no uso da cloroquina, como tábua de salvação.

Segundo Dr. Salim, há de ser lembrado que anos atrás foi divulgado o uso da "pílula do câncer", anunciando a cura daquele mal. Na oportunidade, muitos foram os cientistas e médicos a alertarem que não havia eficácia comprovada. Assim, em pouco tempo o assunto saiu de pauta, ainda que no Brasil vários políticos tentaram interceder para a importação e uso.

Em tempos de crise, o jogo de vaidades brota e a panaceia em busca de heróis é ainda maior.

Decidir o uso de medicamento por meio de "decreto" e a prova da irracionalidade e do descaso para com a vida humana.

Basta de atos irresponsáveis. Deixe para quem sabe, cuidar. Deixe que seu ministro da saúde tenha tranquilidade para fazer o que é preciso, principalmente no uso da cloroquina.

O mundo científico a todo tempo afirma: o vírus é novo, pouco sabemos dele, há muito a ser descoberto.

Não é hora de colocar a carroça na frente dos bois.

Se preocupe senhor Presidente em solucionar as misérias que perpetuam neste país. Ocupe-se de projetos que após essa pandemia exigira muito esforço. Leve à população água encanada, hospitais estruturados, moradias dignas.

Essas mazelas existem antes do Covid19, então não o culpe por atos de omissão de quem tem o poder da caneta na mão.

Sim, a economia perecerá, mas o momento pede que vidas possam ser salvas.

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