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Cartas para Jhony

  • 06/05/13
  • 08:00
  • Atualizado há 571 semanas

Luís Carlos Alves de Melo *

Ao longo de minha curta, porém bem aproveitada carreira de escritor, sempre prezei pela elaboração de bons textos a fim de possibilitar a todos aqueles que viessem a ter contato com meus escritos o mesmo prazer que sinto ao escrever. Além de sempre escolher bons títulos e bons autores, sempre tive muita curiosidade de saber qual seria a sensação de ver nascer uma obra literária, acompanhando todos os passos até sua conclusão final. Foi com esse sentimento que me lancei no mundo da literatura e dei vida a minha primeira obra poética: o livro Cartas para Jhony.

Enveredar-se pelas linhas poéticas não é um trabalho muito fácil, uma vez que a poesia não é um tipo de texto que nasce de forma simples, nem de forma automática. Poesias representam muitas vezes o que estamos sentindo, o que os nossos corações gostariam de dizer e que, de certa forma, estão, sufocados em nossas almas. Da mesma forma, para tudo é preciso que haja uma inspiração, algo que faça com que essa vontade estranha de juntar silabas, amarrar as palavras, costurar textos, seja maior que qualquer coisa que já fizemos antes.

Cartas para Jhony, pelo menos é o que me parece, destoa de tudo aquilo que já foi visto em termos de poesia. O livro traz em seu conteúdo fragmentos de cartas que retratam períodos de tempo muito importantes. É como uma retrospectiva de fatos e desejos todos resumidos e eternizados nas paginas misteriosas de um livro. Em suas páginas não há apenas palavras sem sentido; pelo contrário, em seu contexto há uma série de sentimentos e desejos ocultos, que só podem ser vistos por quem de fato carregar consigo a alma dos amantes à moda antiga.

Além de conter cerca de 100 poemas inéditos, possui em cada frase um sentido único e particular, direcionados ao que eu chamo de "Fonte de Veneno Vital". Parece difícil imaginar, ou até compreender, como é esse processo incrível, que tem como resultado o sentimento. Essa vontade gostosa de estar junto, quando não, de dizer um simples oi. Tentar compreender seria tão complicado como explicar por que as flores desabrocham, o sol brilha, o vento sopra e tantas outras coisas.

Acho que é isso; complicado, complexo, surreal; a melhor maneira de explicar o que talvez seja inexplicável. Mas explicar o quê? O Sentimento? Pego-me sorrindo quando penso nessa fórmula maluca, inventada, confeccionada nas curvas do pensamento. Não, meu caro leitor, não há uma maneira medida, sincronizada, roteirizada a seguir... Somos turbilhões de emoções capazes de nos nivelar na mais desvairada enchente ou transbordar ao toque suave de uma gota solitária. Somos seres com emoções e emoções com forma e corpo do ser.

A emoção que envolve o processo de escrever uma carta é algo indescritível e só quem um dia recebeu aquele bilhete amassado, meio amarelado, daquele ou daquela admirador(a) secretos sabe exatamente como é isso. A chave para entender a poesia é ouvi-la com o coração e deixar que os teus olhos possam te direcionar ao real significado que há por trás de cada palavra.

Antes de terminar, eu sei que muitos de vocês, meu caros leitores, estão de certa forma bastante curiosos para desvendar o mistério que existe no titulo do livro e confesso a vocês que, mesmo eu, admito que há mais mistérios do que eu possa compreender. Contudo, para quem quiser descobrir o que há por trás do titulo, terá que aguardar o lançamento oficial do livro e desfrutar da emoção que envolve Cartas para Jhony. De momento eu só posso garantir que Cartas para Jhony, mais do que um livro é uma declaração, registrada, de toda a verdade que existe na alma do poeta.

* Luis Carlos Alves de Melo, Licenciado em Letras - Faculdade da Alta Paulista - FAP (TUPÃ - SP), Brasil. Membro do GPARA - Grupo de Pesquisas em Argumentação e Retórica Aplicadas - Universidade Federal de Sergipe (SERGIPE - SE). Autor da pesquisa relacionada à Saliatu da Costa, jovem poetisa da Guiné-Bissau.

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