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Margem de segurança: para os investimentos e para a vida

COLUNISTA - Mariana Hauer

Divulgação - Mariana Hauer

  • 01/06/22
  • 08:00
  • Atualizado há 95 semanas

Nos investimentos - e na vida - não há certezas. Trabalhamos o tempo todo com probabilidades. Quando decidimos algo para a nossa vida, alguma mudança, é bastante provável que você não saiba o resultado final.

Por exemplo, quando você decide começar a namorar, ou casar, você não sabe exatamente como será conviver com aquela pessoa. Da mesma forma, quando você decide se separar. Quando você decide abrir um novo negócio, e investe dinheiro na sua ideia, você não sabe se será um grande sucesso ou se demorará para dar resultado.

O mesmo acontece com os investimentos. Fazemos previsão de como estará a taxa de juros, quais segmentos da economia devem crescer mais, quais empresas deverão ter resultados promissores. Mas aí vem um vírus, que fecha o mundo por mais de 1 ano. Ou acontece uma guerra, que perdura por mais tempo do que o previsto. Enfim, são infinitas variáveis que é impossível prever os resultados. Então, mais importante do que ter um plano B, é ter um plano para quando o seu plano não estiver fluindo de acordo com o plano. Ou seja, precisamos levar em consideração que imprevistos acontecem. E quem me conhece sabe que o mais provável seria começar a falar em Reserva de Emergência. Mas, hoje, vamos bem além dela.



Divulgação - Mariana Hauer, assessora de investimentos - Foto: Divulgação
Mariana Hauer, assessora de investimentos - Foto: Divulgação

Aqui, estamos falando de forma mais ampla. A melhor forma de lidar com imprevistos é mirar no meio termo. E, mesmo que ainda muitos de nós levamos em consideração uma margem de segurança, comumente, subestimamos esta margem. Pense em uma reforma de imóvel: se não aconteceu com você, certamente você conhece alguém que gastou até 50% ou mais do que estava prevendo para a reforma.

A margem de segurança pode ser vista como medo por muitas pessoas. No entanto, é ela que dá liberdade para errar e te manter no jogo por mais tempo. Pense em uma reserva de dinheiro. Um valor investido de forma conservadora, renda fixa com liquidez rendendo 100% do CDI, Tesouro Direto Selic. E bem além da regra de "mantenha 6 meses dos seus custos fixos". Este investidor pode se arriscar a comprar ações de uma empresa promissora em um IPO e dar errado. Comprar criptomoedas e errar. A margem de segurança é o que vai deixar com que este investidor durma em paz. No final, os maiores ganham ocorrem com menor frequência: sejam porque não acontecem sempre ou porque demoram para acontecer. E, com uma margem de segurança, você tem espaço para ter paciência e esperar. E aí, não importa se vai dar certo ou errado.

Então, todas as vezes que você pensar em investir em algum ativo com muito risco, ou seja, muita volatilidade (que sobe e desce MUITO, por muitas vezes seguidas), se pergunte: eu sou capaz de sobreviver a uma desvalorização de 30%? 40%? E aqui estamos falando em pagar suas contas, manter a sua vida e, mais ainda, manter sua saúde emocional e seu estômago. Se você respondeu "não", então está na hora de aumentar a sua margem de segurança.

Assessora Mariana Hauer - @marianahauer

Sócia da GR Capital com escritório em Assis e Assessora de Investimentos - BTG Pactual

Rua José Vieira da Cunha e Silva, 260, Assis SP, 19800-140, Brasil

Fale com ela: 18 99793-0661

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