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Não acredite em tudo o que você lê

COLUNISTA - Fernando Nascimento

Divulgação

  • 22/02/23
  • 12:00
  • Atualizado há 60 semanas

Olá, tudo bem?

Na coluna da semana passada, falei sobre a invasão dos conteúdos gerados por Inteligência Artificial, e como isto tem começado a revolucionar a forma de se comunicar.

Lembre-se que, no fim das contas, quem consumirá produtos ou serviços são… pessoas.

Os hábitos destes consumidores serão amplamente estudados, seus desejos e dores serão levados em consideração para se criar conteúdo e, a conclusão lógica de tudo isso é que, em geral, os materiais produzidos serão próximos daquilo que as pessoas querem ler.

Na comunicação publicitária, o verdadeiro e o falso podem andar muito próximos.

Diariamente, somos bombardeados com propagandas que desafiam o nosso bom senso. Mas até que ponto somos realmente influenciados pela publicidade enganosa?

A publicidade objetiva nos vender sonhos. Quase sempre, nos deparamos com famílias felizes, pessoas com status ou corpos esculturais. Uma viagem ao que podemos chamar de "terra prometida".

Não quero marcar um gol contra com esse texto. Não vejo problema em despertar o desejo através da comunicação. Mostrar as benesses de meu produto, ou usar palavras ou expressões que agucem a curiosidade de quem lê. Vender é isso.

Só não podemos nos esquecer de certos limites.

Um exemplo clássico pode ser aquele suplemento, ou remédio natural, ou algo do tipo, que nos possibilita perder "tantos quilos em tanto tempo".

O anúncio mostrará imagens de antes e de depois de pessoas que utilizaram o produto. Depoimentos de como alcançaram o corpo ideal, "comendo de tudo", "sem dietas mirabolantes", "apenas tomando tantas cápsulas por dia".

Só omitem a 'pequena' informação de que, para perder peso, também é necessária uma mudança de hábitos.

Percebe a sutil diferença? Sonhos são vendidos, mas sem mostrar o processo completo, ou as 'lutas' do percurso.

Se você for for produzir conteúdo, faça a opção de mostrar os pontos fortes, benefícios e diferenciais, mas sem mentir. Pense como você venderia seu suplemento natural… uma informação simples, por exemplo, de que os "resultados desejados serão potencializados com a prática regular de exercícios físicos, associados a uma dieta complementar", faria sua comunicação ser…. verdadeira.

E você for consumidor, por mais óbvio que pareça, seja seletivo. Pesquise, investigue. Tenha em mente que nem todos os anunciantes querem seu bem-estar. Eles querem vender, acima de tudo. E, talvez, você não precise comprar tal produto naquele momento.

Sabemos que, na maioria das vezes, nunca teremos um corpo perfeito, mas mesmo assim queremos tomar tal "produto", pois nos identificamos com o discurso e estamos dispostos a pagar por essa "ilusão". O que compramos, na verdade, é a sensação de bem-estar.

Seja consciente. Não acredite em tudo o que você lê. Reflita sobre sua necessidade, seu bolso, e consuma de uma forma mais planejada. Isso vai fazer muita diferença pra você.

Abraço!

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