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Pés diabéticos. Você sabe tudo o que precisa sobre o assunto?

COLUNISTA - Magali Nascimento

Magali Nascimento

  • 23/01/23
  • 10:00
  • Atualizado há 65 semanas

Olá

Esta semana gostaria de falar sobre uma das áreas de atuação da podologia, que considero das mais importantes, que é o auxílio no tratamento, e consequente aumento da qualidade de vida, de pacientes com diabetes.

O diabetes é uma doença crônica, causada pela falta de produção, ou produção em quantidade insuficiente ou inoperante, da insulina, que é o hormônio responsável pelo metabolismo da glicose no corpo humano; em outras palavras, o diabetes causa aumento de açúcar no sangue.

Duas das complicações da doença são a alteração no funcionamento dos sistemas nervoso periférico e vascular periférico, que atingem as extremidades das mãos e, principalmente, dos pés.

O prejuízo no funcionamento do sistema nervoso periférico pode causar a diminuição gradativa, que pode evoluir para perda, da sensibilidade ao tato, à dor e à temperatura. O paciente pode sofrer um machucado nos dedos, por exemplo, e não perceber, justamente por causa desta falta de sensibilidade.

Também pode causar a diminuição ou perda da mobilidade, evoluindo para os chamados "dedos em garra" que, por conta das alterações de formato, também podem ocasionar calos, calosidades, traumas e feridas.

Já no sistema vascular periférico, os vasos que levam o sangue para nossas extremidades, o aumento de glicose causa mal funcionamento, caracterizado pela diminuição de diâmetro destes vasos, dificultando o envio de oxigênio e demais nutrientes às células.

Outra característica é a diminuição da permeabilidade destes vasos. Em pacientes sadios, as paredes dos vasos se assemelham a redes, que fazem a distribuição do sangue por onde passam. Já nos pacientes diabéticos, tais redes "se fecham", impedindo a irrigação sanguínea.

Tudo o que citei até agora é a causa da dificuldade de cicatrização de lesões e até mesmo necrose das células das extremidades, principalmente nos pés diabéticos.

Divulgação - Magali Nascimento, Podóloga - Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal
Magali Nascimento, Podóloga - Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal

O paciente diabético precisa entender (e isto pode até mesmo ocorrer com a ajuda de profissional de psicologia) que a mudança de hábitos, aliada à prevenção, são imprescindíveis no controle da doença.

Em nossa área de atuação,, que é uma parte importante da equipe disciplinar necessária para o tratamento, ajudaremos a minimizar os efeitos causados nos pés diabéticos.

É extremamente importante que o paciente não faça, sozinho, o corte de suas unhas. Preferencialmente, procure uma podóloga para fazer a podoprofilaxia. A profissional especializada não permitirá que haja lesões durante o corte, e também evitará que não sobrem pontas de unha que possam causar outras lesões.

Durante os atendimentos, falaremos sobre prevenção, desde a reposição da hidratação, também prejudicada pela diabetes, como na orientação para usos de meias e calçados que não causem calos e calosidades, e também sobre micoses e frieiras.

Sob supervisão e orientação médica, a podologia também tratará lesões já existentes, com a utilização de técnicas que acelerem a cicatrização.

Não negligencie o diabetes. Faça o acompanhamento médico. Prevenção, mudança de hábitos e tratamento, podem ser a diferença entre a morte ou a vida. Isso é muito sério.

E conte com a podologia para ter a qualidade de vida que falei lá em cima.

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