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Relatos de um 'peba' - Tudo tem um começo

COLUNISTA - Renato Piovan

Renato Piovan

  • 06/05/22
  • 08:00
  • Atualizado há 101 semanas

É com muita alegria que, por meio deste espaço no portal AssisCity, poderei compartilhar um pouco de minhas experiências e situações na prática do ciclismo amador. Não procure aqui por dicas de exercícios, nutrição, vestimentas, segurança e marcas de bicicletas. Existe gente muito (mas muito mesmo) mais gabaritada do que eu para oferecer esse tipo de informação.

Nesta coluna você vai encontrar crônicas, artigos e impressões de um "bicicleteiro" realmente amador. Daqueles que não tem a melhor bike, os melhores equipamentos, o melhor preparo físico e nem aquela disposição exacerbada para chegar em casa do trabalho e já sair pedalando por aí. Ou seja. Sou igual a 80% dos que praticam este esporte que cresce cada vez mais no Brasil.

E para iniciar essa colaboração, vamos fazer como o poeta e começar do começo. Minha jornada em duas rodas remete a 2018. Mas o seu "start" foi em dezembro de 2017, após um diagnóstico médico de artrose no quadril, o que impossibilitaria a continuidade da prática dos dois esportes onde eu costumava enganar: futebol e corrida.

Foi aí que, dentre algumas das opções esportivas restantes que me foram apresentadas, estava o ciclismo. Confesso que, de início, não me empolguei nem um pouco com a ideia. Mas, na falta de melhores opções, equipei a minha velha bicicleta aro 26 com uma suspensão e, em janeiro de 2018, comecei a percorrer uns trechos urbanos para ver se tomava gosto pela coisa. E não é que tomei?

Divulgação - Renato Piovan, ciclista - Foto: Divulgação
Renato Piovan, ciclista - Foto: Divulgação

Em junho daquele mesmo ano adquiri uma mountain bike aro 29, pois o grande desejo era sair da cidade e desbravar os trechos rurais do município em que vivo, Pedrinhas Paulista. A primeira trilha de MTB teve 30 inesquecíveis quilômetros percorridos em um tempo até que extenso, pois em cada descida a mão teimava em apertar a manete dos freios. Confesso que, até hoje, ainda não sou um entusiasta de descidas radicais.

Foi amor à primeira pedalada e, após quase 5 anos inserido neste esporte, descobri porque muitos chamam a bicicleta de "a máquina de viver mais".

Mas, como já escrevi antes, não sou detentor daquela vontade exacerbada de sair pedalando por aí todos os dias, em todos os horários. Ainda assim, com todas essas limitações motivacionais (detratores dirão que é "preguiça"), consegui acumular muitas experiências que só me ajudaram a combater o estresse e a ansiedade (principalmente nos tempos da famigerada pandemia).

A artrose? Ela continua por aqui. Às vezes impondo algumas limitações e dores. Mas com certeza, sem a prática do ciclismo e sem as doses de endorfina que a bike oferece, ela estaria bem pior, assim como a minha mente.

Só sei que, mesmo não sendo um "galáctico" nos pedais, depois que descobri o Mountain Bike eu não vejo mais as estações do ano passarem. Eu as presencio.

Nos vemos nas trilhas por aí.

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