Buscar no site

UNESP comemora "Semana da Biotecnologia" em Assis

A UNESP implantou em Assis o primeiro curso de Graduação de Bacharelado em Biotecnologia do Estado de São Paulo

Divulgação

  • 02/06/22
  • 16:00
  • Atualizado há 98 semanas

De acordo com o Decreto nº 5.103, de 31 de janeiro de 2006, que regulamenta a Lei Municipal nº 4655 de 29 de agosto de 2005, na primeira semana de junho o Município de Assis - SP comemora a "Semana da Biotecnologia".

Sendo assim, a Faculdade de Ciências e Letras de Assis - UNESP, aqui representada pelo seu Departamento de Biotecnologia, destaca a importância de divulgar a área de Biotecnologia em nossa região. Isso porque, a Biotecnologia está presente no nosso dia a dia e nos garante uma melhor qualidade de vida. Vale destacar os avanços da biotecnologia na medicina, como por exemplo na produção da insumos, vacinas e medicamentos, bem como, o uso das células tronco e da terapia gênica no tratamento de várias doenças. Igualmente importante, a Biotecnologia está presente na produção de energia, de defensivos agrícolas, de fertilizantes e sementes, mas sempre se pautando na preservação do meio ambiente.

Reconhecendo a importância desta área dentro do contexto econômico e social do Brasil, em 2006, a UNESP implantou em Assis o primeiro curso de Graduação de Bacharelado em Biotecnologia do Estado de São Paulo. Sendo este planejado para atender o contexto atual de uma crescente demanda da área de Bioprocessos e Biotecnologia e tendo como objetivo formar e qualificar profissionais produtivos, criativos e empreendedores, capazes de atuar nas áreas de Ciência, Tecnologia e Inovação, sem perder de vista a qualidade de vida das pessoas, a responsabilidade social e ambiental.

A partir da criação desse curso na UNESP de Assis, docentes e alunos ao buscarem entender e atender as demandas da sociedade notaram a importância de converter o Curso de Graduação em Biotecnologia para Engenharia Biotecnológica, expandindo ainda mais as áreas de atuação dos futuros formandos. Também, outras mudanças se fizeram necessárias para que o novo curso desenvolvesse ainda mais novos conhecimentos e vertentes tecnológicas. Assim, em 2016 foi criado o Departamento de Biotecnologia.

Atualmente, o Departamento de Biotecnologia, além de atuar no ensino dos Cursos de Graduação em Engenharia Biotecnológica e Ciências Biológicas, dispõe de duas linhas de pesquisa: 1) Desenvolvimento de Bioprocessos aplicados à Agroindústria e Meio Ambiente e 2) Biotecnologia aplicada à área de Saúde - visando o desenvolvimento de bioprodutos e terapia celular.

A linha de pesquisa "Desenvolvimento de Bioprocessos aplicados à Agroindústria e Meio Ambiente" tem por objetivo o desenvolvimento de tecnologias de bioprocessos, ferramentas biotecnológicas e novas abordagens da área de biologia molecular, análises químicas e físicas, dentre outras. Por sua natureza interdisciplinar e pelas potencialidades de aplicação, esta linha de pesquisa visa buscar e divulgar os conhecimentos teóricos e práticos que possam ser aplicados às indústrias de alimentos, fármacos, produção de energia, meio ambiente e agropecuária.

A linha de Pesquisa "Biotecnologia aplicada à área de Saúde - desenvolvimento de bioprodutos e terapia celular" visa o desenvolvimento de bioprodutos (fármacos naturais) aplicados à prevenção e tratamento de doenças, por meio da extração, produção e avaliação de biomoléculas, assim como, a avaliação de seus possíveis efeitos colaterais, quer sejam mutagênicos, carcinogênicos ou teratogênicos, para assegurar os efeitos benéficos na população. Também, a Terapia Celular é uma das áreas promissoras por acrescentar novas perspectivas ao tratamento de doenças complexas e ampliar as oportunidades de crescimento científico e tecnológico do país, à qual também foi contemplada.

Recentemente, uma nova atividade de pesquisa fortaleceu a área de Biotecnologia, com a robótica e manufatura aditiva (impressão 3D), e tem assumido um papel relevante na Indústria, Medicina e Educação. Um Laboratório de Impressão 3D e Robótica está em fase de implantação na UNESP de Assis e atenderá tantos projetos de pesquisa e inovação, no âmbito da Pós-graduação e de Iniciação Científica para alunos da Graduação, quanto em projetos didáticos para alunos do Ensino Médio.

O Curso de Engenharia Biotecnológica da Faculdade de Ciências e Letras de Assis - UNESP foi planejado para atender o contexto atual de uma crescente demanda da área de Bioprocessos e Biotecnologia no Brasil e tem como objetivo formar e qualificar profissionais produtivos, criativos e empreendedores, capazes de atuar nas áreas de Ciência, Tecnologia e Inovação, em franco desenvolvimento no país, sem perder de vista a qualidade de vida das pessoas, a responsabilidade social e a preservação do meio ambiente.

O curso oferece aos seus alunos uma formação ampla, humanista e qualificada, envolvendo disciplinas de diferentes áreas, como as das Ciências, das Engenharias, das Tecnologias e Inovações. Para isso, conta com 22 docentes, todos doutores formados nas melhores instituições do país, 29 laboratórios de pesquisas, vários laboratórios didáticos e multiusuário, uma ampla e bem equipada biblioteca, e um prédio didático próprio dotado de salas com aparelhos multimídia, lousa e computadores, dentre outras instalações disponíveis aos alunos.

O Curso de Engenharia Biotecnológica derivou do antigo Curso de Bacharelado em Biotecnologia. O movimento de criação do Curso de Biotecnologia ocorreu nos anos de 2001 e 2002 a partir da necessidade de desenvolver um Polo de Biotecnologia na região de Assis. Esse movimento foi liderado pelo CIVAP - Consórcio Intermunicipal do Médio Vale Paranapanema e por pesquisadores do Departamento de Ciências Biológicas da UNESP de Assis.

Em 22 de maio de 2003 o funcionamento do Curso de Bacharelado em Biotecnologia foi autorizado por meio da Resolução UNESP n° 25/2003. O reconhecimento do Curso pelo Conselho Estadual de Educação se deu por meio da Portaria CEE nº 413/2006, de 09 de outubro de 2006, publicada no Diário Oficial do Estado em 11 de outubro de 2006. O êxito deste curso foi incontestável e tal fato pode ser comprovado pela acirrada disputa no vestibular que ocorreu ao longo dos primeiros cinco anos, pela baixa taxa de evasão e pelo número de egressos absorvidos pelo mercado de trabalho ou inseridos em reconhecidos Centros de Pós-Graduação no país.

Em 2009 o curso de Bacharelado em Biotecnologia foi reestruturado para Engenharia Biotecnológica, com adequação de um maior conteúdo relativo à área de Ciências Exatas, com aumento no número de vaga e com a possibilidade dos egressos do curso serem inscritos nos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA) e no Conselho de Química (CRQ), bem como de atuar nas diferentes áreas da Engenharia: desenvolvimento, controle de qualidade, produção, manutenção, logística, financeiro, recursos humanos, gestão e meio ambiente.

Nos anos de 2013 e 2018, o Curso de Engenharia Biotecnológica passou pelos processos de avaliação e teve sua Renovação de Reconhecimento aprovada pelo Conselho Estadual de Educação, evidenciando sua consolidação.

Mais recentemente, o Curso de Engenharia Biotecnológica passou por ampla discussão e novo processo de reestruturação para atender as Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Engenharia (Resolução nº 2, de 24 de abril de 2019). Este processo está em andamento e discussão nas instâncias superiores da Unesp. Nesta nova concepção o curso terá sua nomenclatura alterada para Curso de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia, aproximando o curso da Unesp de Assis aos que são ofertados na Unesp de Araraquara e na Unesp de Botucatu, o que fortalecerá os cursos, permitirá um maior intercâmbio e mobilidade dos alunos e docentes, evidenciará a categoria e, futuramente, permitirá a criação de um órgão de representação.

Ressalta-se que o egresso do curso terá uma visão holística e humanista, será crítico, reflexivo, criativo, cooperativo e ético e com forte formação técnica, adotando perspectivas multidisciplinares e transdisciplinares em sua prática; estará apto a pesquisar, desenvolver, adaptar e utilizar novas tecnologias, com atuação inovadora e empreendedora, e será capaz de reconhecer as necessidades dos usuários, formular, analisar e resolver de forma criativa os problemas de Engenharia; na sua prática irá considerar os aspectos globais, políticos, econômicos, sociais, ambientais, culturais e de segurança e saúde no trabalho, atuando com isenção, comprometimento, responsabilidade social e com o desenvolvimento sustentável. E, para assegurar esse perfil e consequentemente o desenvolvimento das competências durante a formação acadêmica, além das ações de ensino, pesquisa e extensão, serão realizadas atividades que aproximem os estudantes do ambiente profissional, criando diferentes formas de interação entre a instituição e o seu campo de atuação.

Assim, o Departamento de Biotecnologia da FCL, Assis, atualmente, com 11 docentes Doutores, desenvolve pesquisas em 14 laboratórios, parcerias com outras Universidades Nacionais e Internacionais, proporcionando o intercâmbio de alunos (https://www.assis.unesp.br/#!/departamentos/biotecnologia/). Assim, nosso compromisso, além da formação acadêmica dos alunos é o de contribuir para o desenvolvimento científico e tecnológico da região do Vale do Paranapanema e para a melhoria de vida das pessoas que nela vivem.

Dra. Edislane Barreiros de Souza

Chefe do Departamento de Biotecnologia

Dr. Pedro Henrique Benites Aoki

Vice Chefe do Departamento de Biotecnologia

Dra. Lucinéia dos Santos

Coordenadora do Curso de Engenharia Biotecnológica

Dra. Mônica Rosa Bertão

Vice Coordenadora do Curso de Engenharia Biotecnológica

Receba nossas notícias em primeira mão!

Veja também