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Viver sem ser reconhecido é uma arte

O reconhecimento dos seus trabalhos e uma pequena reflexão no ambiente do futebol.

  • 06/07/11
  • 00:00
  • Atualizado há 666 semanas

*Por Prof. Marcelo Pereira

Inicie muito cedo meus trabalhos com o futebol, e como relatei na minha coluna de apresentação (http://www.paraguacity.com/?id=111-7704) fiz de tudo um pouco.

A cada trabalho realizado, algo de novo eu aprendia. Em pouco tempo, nas dinâmicas do meu trabalho, percebi com clareza que os principais problemas com os quais enfrentava eram problemas de relacionamento humano. Por exemplo, aprendi que muitos dos que estavam ao meu redor ocultavam a sua dupla personalidade. Aprendi que quando os resultados positivos aconteciam sempre alguem necessitava rapidamente de um artificio para não deixar a ploriferação dos meus elogios. Aprendi que no ambiente do futebol viver sem ser reconhecido é normal.

Para mostrar meu pensamento e complementar meu discurso, mais uma vez usei de um ambiente diferente. Na última coluna (http://www.paraguacity.com/?id=111-8018), apresentei uma história que muito me inspira. Nesta coluna, completando uma trilogia de histórias, mais uma vez vou usar de uma.

Vejam que história interessante: (Essa é mais uma história do mais famoso e respeitado escritor do mundo virtual, o renomado Autor Desconhecido)

O CAVALO E O PORCO

Um fazendeiro colecionava cavalos e só faltava uma determinada raça.

Um dia ele descobriu que seu vizinho tinha essa raça que lhe faltava.

Ele atanazou seu vizinho até conseguir comprá-lo.

Um mês depois o cavalo adoeceu e ele chamou o veterinário, que disse:

"Bem, seu cavalo está com uma virose, é preciso tomar este medicamento durante três dias. No 3º dia eu retornarei e, caso ele não esteja melhor, será necessário sacrificá-lo".

Neste momento, o porco escutava a conversa.

No dia seguinte, deram o medicamento e foram embora.

O porco se aproximou do cavalo e disse:

"Força amigo, levanta daí, senão serás sacrificado!!!".

No segundo dia, deram o medicamento e foram embora.

O porco se aproximou novamente e disse:

"Vamos lá, amigão, levanta senão vais morrer! Vamos lá, eu te ajudo a levantar. Upa! Um, dois, três...".

No terceiro dia, deram o medicamento e o veterinário disse:

"Infelizmente, vamos ter que sacrificá-lo amanhã, pois a virose pode contaminar os outros cavalos".

Quando foram embora, o porco se aproximou do cavalo e disse:

"Cara, é agora ou nunca! Levanta logo, upa! Coragem! Vamos, vamos! Upa! Upa! Isso, devagar! Ótimo, vamos, um, dois, três, legal, legal, agora mais depressa, vai... fantástico! Corre, corre mais! Upa! Upa! Upa! Você venceu, campeão!!!"

Então, de repente, o dono chegou, viu o cavalo correndo no campo e gritou:

"Milagre!!! O cavalo melhorou!!! isso merece uma festa! Vamos matar o porco!".

Fim

Num primeiro momento, há uma grande possibilidade de o desfecho dessa história causar mais riso que reflexão, porém, no mundo real, ou mesmo no arquipélago da fantasia que é o universo do futebol, isso acontece com muita frequência. Ninguém percebe quem (ou quais) é que realmente tem mérito pelo sucesso, pela vitória, ou que está (estão) dando o suporte para que as coisas aconteçam.

Ser porco é muitas vezes frustrante, desanimador e sempre dá a impressão de ser menos importante que o cavalo. Contudo, isso é um ponto de vista.

Nesse contexto, tenho espírito de porco, pois muito fiz sem ser reconhecido, e essa condição me ensinou que viver sem ser reconhecido é uma arte; e ser uma pessoa de valor é mais gratificante que ser uma pessoa de sucesso.

Prof. Marcelo Pereira

Para interagir comigo: [email protected]

*Marcelo PereiraÉ Graduado licenciado pleno em Educação Física pelo Instituto Educacional de Assis - IEDA; Especialista em Futebol e Futsal, Ciências do Esporte e Metodologia do Treinamento na Universidade Gama Filho - UGF; Participou de 15 Cursos relacionados ao Futebol da Universidade Federal de Viçosa - UFV entre 2005 e 2008;

Em 2006 e 2007 realizou estágio com Prof. Dr Varley e Prof. Bruno Munhoz no C A Mineiro categorias de Base; Entre 2005 e 2007 organizou competições esportivas, campeonatos de entressafra e criou o projeto das escola de esportes da Associação dos Funcionários da Cocal; Em 2007 foi treinador das categorias Sub 15 e Sub 17 do C A Assisense onde sagrou-se campeão da Copa Sandown com a categoria Sub 17; Já em 2008 passa a ser preparador físico da equipe profissional do C A Assisense no Campeonato Paulista de Futebol 2º Divisão; Ainda em 2008 coordena os trabalho como preparador físico da equipe Sub 20 do E C Paraguaçuençe para o Campeonato Paulista Sub 20; Durante os anos de 2007 e 2008 também realizou trabalhos de professor de Educação Física na Escola Estadual Isidoro Baptista - GEP; Atualmente trabalho na empresa Construmap e realizo estudos relacionados a Pedagogia do Esporte e Educação Física escolar com a teoria da complexidade e Pós Graduação em Futebol e Futsal na Universidade Gama Filho - UGF.

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