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Com coronavírus, comércio já demite e cortes podem atingir 5 milhões

Empresários já vêm de um longo período de vendas fracas e não têm caixa para manter impostos, aluguel de ponto e salários com os empreendimentos fechados.

Por Estadão Conteúdo

  • 18/04/20
  • 09:00
  • Atualizado há 205 semanas

Em meio às ordens para fechamento de shopping centers ao redor do país e após três dias de isolamento voluntário da população, como tentativa de conter a escalada dos casos de coronavírus nas principais cidades, os varejistas refazem as contas, renegociam pagamentos a fornecedores e dizem que, inevitavelmente, começarão a demitir seus funcionários a partir da semana que vem.

Estimativas de entidades patronais, como a Associação Brasileira das Lojas Satélites (Ablos), que reúne as lojas maiores dos shoppings, e a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), falam em até 5 milhões de desempregados no comércio pelo País, até o fim de abril.

Segundo Paulo Solmucci, da Abrasel, os empresários já vêm de um longo período de vendas fracas e não têm, neste momento, caixa para manter impostos, aluguel de ponto e folha salarial com os empreendimentos fechados. "A situação já estava péssima, agora ficou dramática", diz.



Já Tito Bessa Júnior, da Ablos, afirma que o capital de giro dos comerciantes mal consegue suprir um mês fraco de vendas, o que dirá cinco semanas sem faturamento - a maioria das ordens de fechamento vão da semana que vem até o fim de abril.

Coronavírus no Brasil: comerciantes tentam renegociar os contratos de locação, assim como prolongar os pagamentos dos fornecedores

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