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Estudantes da rede estadual de SP terão aulas por TV aberta e celular

Plataforma dará acesso gratuito às aulas e outros conteúdos pedagógico

Agência Brasil

  • 06/04/20
  • 14:00
  • Atualizado há 211 semanas

Os 3,5 milhões de estudantes da rede estadual de São Paulo vão ter aulas por meio da TV aberta e pela internet. O governo criou o Centro de Mídias da Educação de São Paulo, plataforma que vai permitir acesso gratuito às aulas e outros conteúdos pedagógicos durante o período da pandemia do novo coronavírus (covid-19).

Para que nenhum estudante fique de fora, as quatro maiores operadoras de telefonia - Claro, Vivo, Oi e Tim - firmaram contrato com o governo para oferecer acesso à internet gratuito. Dessa forma, todo estudante da rede poderá acessar as atividades do aplicativo sem utilizar o pacote 4G do celular, sinal de internet wi-fi, ou mesmo quando estiver sem créditos.

"Conseguimos garantir a internet gratuita para nossos estudantes. Então, sempre que ele logar nesse aplicativo, ele não pagará da sua internet, mesmo que seja um celular pré-pago", disse Rossieli Soares, secretário estadual da Educação.

Na TV Cultura, o sinal digital utilizado é o 2.3 e será chamado TV Cultura Educação, com inauguração nesta segunda-feira (6). A ideia é que sejam transmitidas 10 horas de programação por dia. Na internet, o Centro de Mídias poderá ser acessado pelo site centrodemidiasp.educacao.sp.gov.br, onde poderá ser baixado o aplicativo para uso em Android e IOS.

Para ter acesso, estudantes e professores da rede estadual terão de fazer o login com os mesmos dados usados na Secretaria Escolar Digital (SED).

Como a Secretaria da Educação determinou a antecipação do período de férias e de recesso escolar, neste momento os estudantes são convidados apenas a conhecer as ferramentas para se familiarizarem com a plataforma.

Na primeira fase do programa, segundo o secretário da Educação, Rossieli Soares, não haverá faltas e nem provas. Mas vai mudar a partir do dia 22 de abril, quando os dias letivos devem recomeçar. Daí a utilização da ferramenta poderá ser considerada como dia letivo.

"Estamos chamando de fase 1 esse período de recesso. Então, as atividades que vamos fornecer agora não contarão como calendário. As atividades que contarão como calendário somente após o dia 21 de abril, no estado. Na fase 2, teremos novas rotinas estabelecidas com horários, etapas, séries e canais onde professores poderão interagir com seus alunos", explicou Rossieli.

No aplicativo haverá diversos canais focados nos estudantes do 6º ano do ensino fundamental até a 3ª série do ensino médio. Pela TV Cultura, será possível ter acesso a videoaulas e atividades transmitidas até mesmo em tempo real. A grade horária será dividida por etapas. Haverá componentes alternados a cada semana, sendo que matemática e língua portuguesa serão aplicados toda semana.

Segundo o secretário da Educação, a plataforma vai ter chats para que alunos tirem dúvidas e a possibilidade de que sejam baixados materiais e conteúdos pedagógicos.

Os estudantes da rede estadual de São Paulo estão com as aulas suspensas desde o dia 23 de março, uma das medidas da quarentena determinada pelo governo paulista para tentar controlar a disseminação do coronavírus no estado.

Rede particular

O governador de São Paulo, João Doria, lamentou que algumas escolas particulares do estado já estejam determinando a volta às aulas, de forma presencial, a partir de segunda-feira (6), antes mesmo do final do período de quarentena, estabelecido até 7 de abril no estado. Doria alertou que as escolas particulares só poderão voltar a funcionar com autorização do governo.

"As aulas não podem ser retomadas sem prévia autorização e expressa do governo do estado. Portanto, se alguma escola privada orientou ou comunicou seus professores e alunos para voltar aulas no dia 6, ela deve aguardar orientação do governo. Nesse momento, a quarentena impede a realização de aulas, no campo público ou privado", disse Doria.

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