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HPV: Causas e prevenções

  • 17/03/14
  • 16:00
  • Atualizado há 527 semanas

Com o avanço da tecnologia, foram criados novos mecanismos de detecção de doenças de forma mais eficiente e precisa; contribuindo para a melhora na saúde geral da população. Isso aconteceu graças às descobertas da medicina e da biotecnologia, que possibilitaram o desenvolvimento de exames e vacinas preventivos.

O câncer do colo de útero, também conhecido por câncer cervical, não era visto como prioridade nacional até a década de 90, quando foi criado o Programa Viva Mulher, destinado à prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer. Hoje em dia, sabe-se mais sobre o HPV, Papilomavírus humano, que é o nome dado a um grupo de vírus que infecta através da pele ou mucosas. Existem cerca de 150 tipos desse vírus, sendo que alguns são de baixo risco oncogênico, ou seja, baixo risco de causar o câncer, e outros são de alto risco, destacando-se neste último grupo os tipos HPV16 e HPV18.

O HPV é considerado uma doença sexualmente transmissível, entretanto, o simples contato das áreas genitais já é o bastante para que o vírus possa ser transmitido. Apesar da grande maioria das infecções acontecerem por via sexual, o vírus também pode ser propagado por meio de objetos pessoais íntimos, e da mãe para o feto durante a gravidez. Para prevenir, é necessário que seja feito periodicamente o exame Papanicolau, pois com ele é possível identificar as lesões na fase da pré-malignidade, ou seja, antes do desenvolvimento do carcinoma (tumor maligno).

Atualmente, além do Papanicolau, existem no mercado vacinas que previnem os tipos mais agressivos do HPV. É importante lembrar que não existe idade mínima para que as mulheres tomem a vacina, apesar de a orientação ser ministrá-la a partir dos 9 anos de idade. O ideal é que ela seja tomada antes de iniciar a vida sexual; pois o HPV é a DST mais comum e pode causar verrugas nas regiões: oral, genital, anal e da uretra. As verrugas podem aparecer semanas ou meses após o contato sexual com uma pessoa infectada. O mais importante é ter consciência de que o HPV é responsável pelo desenvolvimento do segundo tumor mais frequente na população feminina, atrás apenas do câncer de mama, e a quarta causa de morte de mulheres no Brasil.

A vacina preventiva ainda não está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), e cada dose (três são necessárias) custa em torno de R$ 350. Está em curso, no Laboratório de Desenvolvimento de Vacinas (LDV) da USP uma vacina contra o HPV diferente das já existentes no mercado, pois esta que está sendo desenvolvida possui o objetivo de controlar e regredir as lesões e tumores já estabelecidos, portanto, possui caráter terapêutico. Outra novidade é a pomada produzida utilizando extrato de barbatimão, vegetal comum no litoral brasileiro. A substância atua na desidratação das células infectadas, que secam, descamam e desaparecem. No fim da pesquisa feita com 46 pacientes infectados, 100% deles não possuíam mais as verrugas.

As pesquisas e estudos são promissores nessa área, mas mesmo assim, a população não pode se descuidar. As mulheres diagnosticadas precocemente, e se tratadas adequadamente, possuem praticamente 100% de chance de cura; por conta disso, é importante que todos os exames estejam em dia e se possível, que as vacinas disponíveis sejam tomadas.

*Por Amanda Marangoni Balduino - Membro do Departamento de Gestão de Pessoas da Biotec Jr. - Gestão 2013 - www.biotecjr.com.br

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