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Polícia Civil desmantela quadrilha que aplicava golpes por aplicativos de mensagens

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta sexta-feira em Birigui

Redação AssisCity

  • 11/09/21
  • 13:00
  • Atualizado há 135 semanas

Policiais civis de Paraguaçu Paulista desarticularam, na manhã desta sexta-feira, 10 de setembro, em Birigui, uma quadrilha especializada em aplicação de golpes por meio de aplicativo de mensagens. O trabalho teve apoio do Grupo de Operações Especiais do DEIC 10 (Departamento de Investigações Criminais) de Araçatuba. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão na operação de repressão aos crimes de estelionato.

Durante as diligências, foram apreendidos telefones celulares, chips, caderno com anotações referente aos crimes e um cheque no valor de R$ 10 mil.

O delegado João Fernando Pauka Rodrigues, responsável pelas investigações, explica que os estelionatários se identificavam como políticos da região de Presidente Prudente e negociavam automóveis com pelo menos duas concessionárias.

"O estelionato qualificado pela fraude eletrônica era desenvolvido em duas etapas. Inicialmente, o estelionatário, através de um aplicativo de troca de mensagens usando a foto de algum político de notoriedade local ou regional, entrava em contato com concessionária, manifestava interesse na aquisição de um veículo usado. Ele dizia para o vendedor da loja, que era a primeira vítima, que o veículo seria usado para pagamento de um prestador de serviço, e que este prestador iria até a concessionária para conhecer o veículo e ver se era do interesse dele. Ele ainda solicitava ao vendedor da concessionária que não informasse para o suposto prestador de serviço que o automóvel era da concessionaria. Pedia para dizer que o carro pertencia ao político e pedia ainda para que o valor não fosse divulgado", considera.

O delegado lembra que então os estelionatários realizavam a segunda etapa do crime. "Na segunda etapa, ele entrava em contato com lojas de veículos locais e da região e dizia que tinha um carro em determinada concessionaria e que estava vendendo o veículo abaixo do valor de tabela e se disponibilizava a apresentar o automóvel. Oferecia visita na concessionaria e a vítima interessada na aquisição do veículo em valor inferior ia ao local conhecer o carro e conversava com o vendedor, que confirmava que o carro pertencia ao suposto político e não informava o valor acordado; posteriormente, a segunda vítima entrava em contato com o estelionatário e dizia que tinha ficado interessada no veículo e acordavam valor e pagamento que era feito diretamente para o estelionatário", relata.

"A segunda vítima então ia à concessionária com a intenção de retirar o veículo, momento em que era informada que a venda não havia sido efetivada, quando verificavam que ambos haviam sido iludidos pela ação dos estelionatários", lembra.

Após os trabalhos de Polícia Judiciária, os investigados foram identificados e indiciados e vão responder pelo crime de estelionato.

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