Vereador questiona depósito de R$ 28 mil em conta de servidor municipal e prefeitura rebate acusação
O depósito de R$ 28 mil na conta de um funcionário da saúde foi apontado no Boletim de Caixa da Prefeitura dos meses de março e abril, conforme explicou o vereador Edvaldo do Lar
Vereadores reunidos em sessão ordinária
Na sessão ordinária do último dia 16 de maio da Câmara Municipal um requerimento apresentado pelo vereador Edvaldo Vieira da Rocha, o Edvaldo do Lar, causou bastante polêmica. O requerimento pedia explicação do poder executivo quanto ao pagamento total de R$ 28 mil a um funcionário público municipal da saúde. O depósito foi apontado no Boletim de Caixa da Prefeitura durante os meses de março e abril, conforme explica o vereador.
"O que me chamou a atenção foram vários pagamentos feitos a esse servidor público apontado no boletim de caixa dos meses de março e abril que consta um pagamento de R$ 3 mil e vários pagamentos de R$ 2.500 que totalizam nesses dois meses R$ 28 mil", explica Edvaldo do Lar.
No plenário, vereadores de oposição acusaram Edvaldo de expor o servidor da saúde. "O servidor Valdenir Vicente de Pádua, é um servidor até padrão, reconhecido no ano de 2010. Não tenho nada contra esse servidor e não levanto dúvidas quanto ao desempenho de suas funções (...) que fique bem claro, que não é intuito deste vereador expor o servidor. Uma vez que ele é servidor público e qualquer servidor público está sujeito a fiscalização dos seus atos, da sua atitude e principalmente, o que nós buscamos é a transparência na aplicação dos recursos públicos", esclarece.
O requerimento foi rejeitado por 6 x 2 votos. Sendo os únicos votos favoráveis do autor do documento e do vereador Paulo Japonês.
Segundo nota divulgada pela Assessoria de Imprensa da Prefeitura Municipal com o título "Vereador Edivaldo expõe servidor municipal e causa revolta em populares e usuários do sistema de saúde", Edvaldo do Lar "demonstrou despreparo para o cargo que ocupa e total desconhecimento da estrutura que a Câmara Municipal". A nota ainda cita que o militante do PT causou mal estar ao servidor municipal e sua família.
Mesmo não sendo obrigada a responder o requerimento apresentado pelo vereador, já que esse foi vetado, a Prefeitura Municipal explicou que o funcionário citado "coordena a movimentação semanal de 15 veículos por diversas cidades do Estado e até fora deste, transportando cerca de 600 pessoas por semana que buscam através do departamento da Prefeitura, exames, consultas e atendimentos para diversas especialidades, sendo, nesses casos, obrigado a prever abastecimentos dos veículos e alimentação dos motoristas durante as viagens, muitas vezes longas. A Prefeitura ainda mantém, sob a coordenação deste mesmo servidor, que há 23 anos presta serviços à cidade e nunca teve seu nome citado em qualquer fato que o desabone (foi inclusive homenageado por sua postura e competência), mais três veículos de plantão em 24 horas à disposição da população para urgências e emergências", refere-se a nota.