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Delegado contesta procedimento de PMs e libera suspeitas de tráfico

No imóvel foram localizadas 829 gramas de maconha

Redação AssisCity

  • 22/10/21
  • 17:00
  • Atualizado há 129 semanas

A Polícia Civil vai investigar uma ocorrência registrada no fim da tarde desta quinta-feira, 21 de outubro, quando duas mulheres foram detidas e levadas para a delegacia e o suspeito de ser dono de 829 gramas de maconha ter sido liberado pela Polícia Militar após uma abordagem policial na região central, em Assis. O entorpecente foi encontrado na casa de uma das mulheres.

Segundo o boletim de ocorrência, os policiais receberam denúncia anônima de que na casa da de uma mulher de 18 anos ocorria o tráfico de drogas e se dirigiram ao local.

Os policiais viram o momento em que um VW/Gol ocupado por duas mulheres, uma de 18 anos e uma de 23, e por um homem de 26 anos, parou em frente à casa e fizeram a abordagem. Com eles nada de ilícito foi encontrado.

Os policiais disseram que pediram autorização para entrar no imóvel e receberam a permissão da moradora. Na casa foram localizadas diversas porções de maconha que, juntas, pesaram 829 gramas. Também foram encontradas duas balanças.

Segundo a PM, o homem que estava no carro foi liberado antes da localização das drogas e a autorização para ingresso no imóvel foi gravada.

As mulheres foram conduzidas até o plantão da Polícia Civil onde foram interrogadas pelo delegado. A mulher de 23 anos relatou não morar no local e disse que estava na casa para ajudar a amiga de 18 anos que teria sido ameaçada.

As duas apresentaram a mesma versão com detalhes sobre a droga e afirmaram que a entrada dos policiais na casa não foi permitida. Elas ainda auxiliaram na identificação do suspeito de 26 anos que foi liberado pelos policiais e que possui diversas passagens pela polícia.

Em sua decisão o delegado responsável escreveu: "Muito embora a materialidade delitiva evidencie o tráfico de drogas em razão da quantidade e condições dos entorpecentes localizados a autoria do crime não fica tão clara, pois o homem, um dos principais suspeitos do caso e que possui diversas passagens pela polícia foi liberado do local; caso apresenta ainda lacunas sobre a legitimidade da ocorrência e do ingresso dos policiais no interior do imóvel, devido as alegações das suspeitas."

O delegado determinou a apreensão dos celulares das mulheres e da droga e as liberou na sequência.

Ao advogado delas, Oswaldo Egydio de Sousa Neto, elas relataram que o vídeo foi gravado apenas após a entrada dos policiais no imóvel e disseram que a que mora no local teria sido coagida a gravar o vídeo em que autorizaria a entrada dos policiais no imóvel.

"Elas me relataram que não entenderam porque o rapaz foi liberado e elas ficaram detidas; elas afirmam que as drogas encontradas no imóvel pertencem ao rapaz que foi liberado; as duas não possuem passagens pela polícia, são mães e só não ficaram presas pois o caso apresenta muitas controversas. Não há indícios de que a droga pertence a elas e também pelo fato do rapaz ter sido liberado", destaca o advogado.

O advogado considera que após a conclusão das investigações pela Polícia Civil o caso deverá ser encaminhado para o Ministério Público que decidirá se há indícios para abertura de processo.

A Polícia Militar foi questionada pelo Portal AssisCity e não se manifestou até a publicação dessa reportagem. Quando a resposta for enviada, o texto será atualizado.

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