'Foi uma fatalidade', diz advogado sobre morte de contador
Jairo Claudinei Medeiros foi a júri popular na quarta-feira, 1°
Acusado de matar o contador Roberto Donizete da Cruz, o segurança Jairo Claudinei Medeiros foi a júri popular na quarta-feira, 1° de dezembro, e foi condenado a quatro anos e oito meses de prisão no regime semiaberto.
A família de Roberto demonstrou indignação com a decisão do Tribunal do Júri, que acolheu o argumento da defesa e entendeu que não houve homicídio e sim lesão corporal seguida de morte.
O advogado criminalista Sergio Mendes, que fez parte da defesa do réu, alegou que o ocorrido foi uma fatalidade. "O doutor Thiago Ferreira Araújo, nos debates orais, explicou bem que não havia motivo para Jairo querer a morte de Roberto, pois sequer o conhecia", afirmou Sergio.
Segundo o advogado, o réu estava preso há quase três anos e, por esse motivo, entende que cabe recurso contra a sentença que condenou o segurança ao semiaberto. "A gente não concorda com a aplicação dessa pena porque ele já ficou preso dois anos e nove meses. Nós achamos injusto porque o Jairo não quis a morte do Roberto em nenhum momento. Por isso, provavelmente, vamos interpor um recurso", disse.
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Além de Sergio, participaram da defesa do segurança os advogados Thiago Ferreira Araújo e Renan Diniz Brito.
O caso
Na noite de 10 de fevereiro de 2019, o contador Roberto Donizete foi vítima de uma agressão que ocorreu no Clube da Terceira Idade em uma festa de Flashback.
Durante a briga, Roberto tentou apaziguar a discussão, quando o segurança deu um soco na vítima, que caiu e bateu a cabeça.
Roberto foi socorrido e levado para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e, logo após, foi transferido para um hospital de Marilia onde, no dia 13 de fevereiro, foi constatada a morte cerebral.