Motoristas de aplicativo sofrem com a alta dos combustíveis
Na entrevista com Cicero Motta você pode conferir quais os principais problemas encontrados pela classe
Os aplicativos de transportes viraram uma das principais opções de locomoção da população desde 2015, com a chegada da empresa UBER, que logo se destacou e ganhou novos concorrentes.
Mas a frequente alta nas bombas de combustíveis, que vem afetando todo o país desde o começo de 2021, prejudicou os profissionais que trabalham com as corridas de aplicativo.
"É complicado, hoje tem mais de nove altas consecutivas no valor dos combustíveis e a taxa passada pela empresa a nós motoristas está muito abaixo do valor que temos com despesas", pontuou Cícero Motta, motorista de aplicativo em Assis.
O profissional explicou que há um ano pagava cerca de R$ 4,50 no litro da gasolina e as corridas tinham como valor mínimo ao passageiro R$ 5,00. Hoje, o valor do combustível chega a R$ 6,30 e o valor mínimo da corrida permanece o mesmo.
"Com a taxa mínima repassada pelas empresas atualmente, nós motoristas seguimos no prejuízo. É triste ver que pessoas que tiram seu sustento 100% das corridas precisarem procurar outras alternativas para complementar a renda", desabafou Cícero.
Motta explica que antes das frequentes altas, com 30 corridas diárias um motorista conseguia tirar um bom lucro e, atualmente, para conseguir fazer o mesmo valor é necessário trabalhar duas horas a mais e fazer cerca de dez corridas acima do comum.
O motorista lembra ainda da dificuldade que os profissionais têm enfrentado em relação aos carros financiados. "Muitos profissionais compraram veículos para trabalhar com os aplicativos e hoje precisam devolver os carros para as concessionárias ou procurar por outras formas de trabalho", finalizou.