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'Quem doa sangue, doa vida', afirma assisense que precisou tomar 30 bolsas de sangue para sobreviver

Aparecida Rodrigues Silva de Oliveira ficou internada 26 dias na UTI

Redação AssisCity

  • 25/11/22
  • 10:00
  • Atualizado há 73 semanas

Nesta sexta-feira, 25 de novembro, comemora-se o Dia da Doação de Sangue, data dedicada a conscientização da importância da ação para aqueles que precisam, como o caso da psicóloga assisense Aparecida Rodrigues Silva de Oliveira, que viu a vida nas mãos de doadores.

"Minha batalha começou com uma cirurgia, que por complicações, se tornou quatro e por consequência 26 dias internada em um leito de UTI. Neste meio tempo tive uma hemorragia muito grave e precisei tomar cerca de 30 bolsas de sangue", explicou.

Divulgação - Aparecida Rodrigues Silva de Oliveira - Foto: Divulgação
Aparecida Rodrigues Silva de Oliveira - Foto: Divulgação

Cidinha, como é carinhosamente conhecida, contou ao Portal AssisCity que até estar nesta situação, nunca havia doado sangue, por ter hipotireoidismo e também porque pensava não fazer diferença.

"Ah seu eu pudesse doar, com certeza viraria uma doadora frequente, pois hoje eu sei que quem doa sangue, doa vida. Se eu não tivesse recebido todo aquele sangue, não sei se estaria viva para contar essa história", afirmou.

Leia também: 'Minha gratidão eterna', declarou psicóloga após 26 dias internada na UTI

Campanha de doação

Quando Cidinha precisou da doação de sangue, seu filho Eduardo Rodrigues, procurou o Portal AssisCity para pedir ajuda da população. "Enquanto pessoa que precisa do sangue, é desesperador, eu tive muito medo de não conseguir doadores, pois pensava que todos podiam pensar igual a mim, que não faria diferença", pontuou.

Divulgação - Aparecida e Eduardo Rodrigues - Foto: Divulgação
Aparecida e Eduardo Rodrigues - Foto: Divulgação

Apesar do medo, Cidinha não fazia ideia do grande movimento criado para ajudá-la nessa fase, e quando ela tomou conta da situação, o único sentimento que a alcançou foi a gratidão.

"Eu me lembro que vieram centenas de pessoas, meus amigos de Paraguaçu Paulista fretaram van, amigos de Assis, de Roseta e até mesmo desconhecidos vieram para doar sangue, nunca me senti tão grata pela vida, como me sinto hoje", afirmou a psicóloga.

O outro lado

Eduardo Rodrigues de Oliveira, filho de Cidinha, é doador de sangue e acabou vivendo momentos delicados, ao ver a mãe internada e precisando da doação. "Quando minha mãe ficou doente, foram um dos momentos mais difíceis da minha vida, e quando vi que ela precisaria passar pelas cirurgias e que teve uma complicação, iniciei a campanha", explicou.

Além disso, Eduardo ainda ressaltou que o ato de doar sangue é nobre e que é importante a população fazer pelo outro, pois não se sabe quando estará do outro lado.

"Eu doo sangue desde 2011, pensando que posso salvar uma vida, com um gesto simples. Mas no ano passado, quando vi minha mãe naquela situação, entendi a magnitude e a importância real desse ato", afirmou.

A campanha de doação de sangue feita para Cidinha, superou as necessidades e além de cuidar da paciente, ainda reabasteceu o hemocentro do Hospital Regional, sendo usado por outros pacientes.

Como doar?

Para doar basta comparecer ao Hemonúcleo do Hospital Regional de Assis, na Praça Dr. Symphrônio Alves dos Santos, s/n, de segunda, quarta e sexta-feira, das 7h às 12h.

Para ser um doador de sangue é necessário: ter entre 18 e 65 anos; estar em boas condições de saúde; pesar no mínimo 50 quilos; estar bem alimentado; apresentar documento original com foto emitido por órgão oficial (Carteira de Identidade, Carteira de Trabalho ou CNH).

Alguns motivos que impedem temporariamente a doação de sangue: resfriado (neste caso aguarde 7 dias após desaparecimento dos sintomas); gestante; parturiente: (neste caso deve aguardar 90 dias após parto normal e 180 dias após cesariana); amamentando (se o parto ocorreu há menos de 12 meses); ingerido bebida alcoólica nas 12 horas que antecedem a doação; ter realizado tatuagem nos últimos 12 meses.

Não podem doar: com antecedentes de Hepatite, evidência clínica ou laboratorial de doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue, como Hepatites B e C, AIDS (vírus HIV), doenças associadas aos vírus HTLV I e II e Doença de Chagas, usuários de ilícitas injetáveis ou pessoas infectadas por Malária.

Homens podem doar sangue até 4 vezes no ano, respeitando intervalos de 60 dias; mulheres podem doar 3 vezes ao ano, com intervalo de 90 dias.

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