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Especialista assisense fala sobre a importância do diagnóstico de doenças nos ossos

Letícia Morelli é médica em Ortopedia e Traumatologia pelo Creb de Botafogo, no Rio de Janeiro

Redação AssisCity

  • 09/12/21
  • 13:00
  • Atualizado há 124 semanas

"Uma fratura no fêmur é responsável por uma tragédia, uma estimativa média é que de 30 a 40% das pessoas que sofrerem essa fratura vão morrer nos próximos 18 meses", afirma a médica em Ortopedia e Traumatologia, Letícia Morelli, de 27 anos.

A assisense que hoje faz sua carreira na medicina no Rio de Janeiro participa do programa PrevRefrat, que tem como objetivo diagnosticar adequadamente a causa de uma fratura por fragilidade e acompanhar e monitorar os resultados em um ambiente que seja multidisciplinar.

"O paciente vai ter acesso a inúmeros profissionais como fisioterapeutas e diversas terapias como plataforma vibratória, por exemplo. As estatísticas atuais contabilizam que no mundo inteiro uma fratura por osteoporose ocorre a cada 3 segundos", explicou Leticia.

Divulgação - Letícia Morelli, 27 anos, é médica em Ortopedia e Traumatologia - Foto: Divulgação
Letícia Morelli, 27 anos, é médica em Ortopedia e Traumatologia - Foto: Divulgação

A ideia da médica é trazer futuramente esse trabalho para Assis e região, já que os riscos que as fraturas causam são inúmeros e trazem um grande gasto para a economia. "Até 2025 ela vai ser responsável por cerca de 3 milhões de fraturas com mais de 25 bilhões de dólares de custos anuais, de acordo com a ASBMR, que é a American Society for Bone and Mineral Researc", pontuou a médica.

Segundo a médica o tempo médio de internação de uma fratura na bacia é de 8 a 11 dias, isso custa um valor elevadíssimo para planos de saúde, do setor privado, e pro governo (SUS) pois é quase sempre cirúrgico.

"Meu sonho é fazer uma política pública de qualidade pra incorporar esse tipo de programa do qual eu faço parte em Assis. Hoje eu tenho a sorte de poder atuar assim no Creb de Botafogo, no Rio de Janeiro, mas eu pretendo com o final do meu mestrado implementar uma política pública de qualidade junto à prefeitura de Assis, pra poder beneficiar a população da região", afirmou Letícia.

Divulgação - Letícia atua no Creb de Botafogo, no Rio de Janeiro - Foto: Divulgação
Letícia atua no Creb de Botafogo, no Rio de Janeiro - Foto: Divulgação

Doenças que mais causam as fraturas

Segundo a Letícia a osteoporose, podendo ela ser primária ou secundária, é a maior causadora das fraturas.

"A primária é a mais comum, que são alterações do nosso corpo. Elas ocorrem devido ao envelhecimento natural. O osso é um tecido vivo e como tal, conforme o tempo vai passando, ele diminui o seu metabolismo também", explicou a médica.

Já a secundária é a junção fatores que a desenvolvem, como ausência de atividade física e baixa de cálcio e vitamina D.

"Além disso ainda temos os distúrbios endócrinos como hipertireoidismo e alterações das glândulas adernais, do intestino como doenças inflamatórias intestinais ou gerados por uma cirurgia bariátrica, câncer ou uso de medicamentos como heparina e vitamina A ou uso de corticoides por muito tempo", acrescentou Letícia.

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