Sobram vagas em Florínea e faltam nos presídios de Assis e Paraguaçu

Nesta próxima semana completará seis meses a abertura da Penitenciária de Florínea, inaugurada em 26 de fevereiro deste ano e a unidade é citada em matéria da Folha de S. Paulo, publicada neste sábado (20), como sendo uma das poucas que ainda não superlotaram entre os presídios inaugurados nos últimos anos no interior do Estado. O texto, que trata sobre superlotação em penitenciárias, cita Florínea e Piracicaba como as únicas ainda não superlotadas de uma lista de 20 inaugurações desde 2010.

Um problema de abastecimento de água, com falta de líquido dos poços artesianos para ser armazenado, é apontado como motivo pelo qual presos que antes estavam na unidade foram transferidos para outros locais. Segundo a contagem de 18 de agosto, estão no local 306 presos, um excedente de 541 vagas considerando que a lotação é de 847. Piracibaba tem sobra de 525 vagas.

Há casos citados na matéria da Folha em que as unidades estão atualmente com muito mais presos além da sua capacidade, como a Penitenciária de Capela do Alto (1080), CDP de Capela do Alto (854), Penitenciária de Cerqueira César (902), CDP de Jundiaí (993), todas com lotação de 847 sentenciados. Ou seja, além dos 847 presos que deveria abrigar, somente o excesso daria para superlotar outra penitenciária com a mesma capacidade.

ASSIS E PARAGUAÇU PAULISTA

Outras duas unidades prisionais do Vale do Paranapanema, as penitenciárias de Assis e Paraguaçu Paulista, não entram na matéria da Folha de S.Paulo por terem sido inauguradas há mais tempo do que o período abrangido pela pesquisa feita para reportagem. Mas também estão superlotadas.

Dados da Secretaria de Administração Penitenciária do dia 18 de agosto mostram que a Penitenciária de Assis, projetada para 829 presos, está com 1.205 e o Anexo de Detenção Provisória, com capacidade para 288, tem atualmente população de 535. Em Paraguaçu Paulista, a lotação deveria ser de 844 presos, mas de acordo com a última contagem está com 1.585.