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Acusado de triplo homicídio é condenado a mais de 50 anos de prisão, em Paraguaçu

"O réu (...) foi condenado, em juízo de certeza, por crime gravíssimo, praticado de forma impiedosa, o que revela traço de alta periculosidade.", diz a sentença

ParaguaCity

  • 07/10/16
  • 10:00
  • Atualizado há 393 semanas

Rivaldo Alexandre de Paiva foi condenado à pena de 50 anos, cinco meses e 12 dias de reclusão e 22 dias de multa, em regime inicial fechado, em sentença dada pelo juiz da 1ª Vara de Paraguaçu Paulista, Pedro Luiz Fernandes Nery Rafael.

Rivaldo foi a júri popular nesta quinta-feira (6), no Fórum de Paraguaçu Paulista. Ele é acusado de matar e incendiar os corpos de José Aparecido Alves, Roseli Teixeira e Cíntia Teixeira Alves, em setembro de 2013, em Paraguaçu Paulista.

De acordo com a sentença do juiz Pedro Rafael, "o réu (...) foi condenado, em juízo de certeza, por crime gravíssimo, praticado de forma impiedosa, o que revela traço de alta periculosidade."

Em júri popular realizado em 27 de novembro do ano passado, o cúmplice de Rivaldo, Fabio Alexandre, foi condenado a 69 anos e 1 mês de prisão em regime inicialmente fechado. Já a outra cúmplice Talita Batista foi condenada a 65 anos e 4 meses de prisão, também em regime inicialmente fechado.

O crime

Consta nos autos do processo que os autores e as vítimas eram vizinhos, ambos residentes na Rua Jacarandá, no conjunto Mario Covas.

Marceli Cristina Bissoli, irmã de Fábio Alexandre, teria passado a namorar o ex-namorado de Cíntia, o que teria iniciado um desentendimento entre os membros da família. Com isso, Fábio decidiu tirar a vida de José Aparecido, Roseli e Cíntia, para o que contou com a ajuda de Rivaldo e de Talita.

Por volta das 20h do dia 23 de setembro, Talita e Rivaldo entraram na residência das vítimas. Ele abordou José Aparecido com um simulacro de arma de fogo e ela abordou Roseli, utilizando um punhal. O casal foi amarrado e colocado em cômodos diferentes. Fazendo uso de um fio de aparelho de secador de cabelo, a dupla estrangulou as vítimas até que viessem a óbito.

Ainda segundo os autos do processo, Rivaldo e Talita ainda permaneceram no interior da casa até a chegada da filha do casal, que foi morta da mesma forma que os seus pais.

Rivaldo colocou os corpos no porta-malas do veículo de José Aparecido e seguiu até as margens da rodovia SP 284, em um corredor de plantação de cana de açúcar, próximo à ponte do Rio Capivara, onde ateou fogo no veículo e nos corpos.

Parte do público que assistiu ao júri popular (Foto: Neto Romeiro)

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