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Jovem que estava desaparecida é encontrada em casa abandonada em Assis

Redação AssisCity/Foto: Divulgação

  • 25/09/18
  • 17:00
  • Atualizado há 291 semanas

A jovem assisense Bianca Archilla, de 15 anos, que estava desaparecida desde sexta-feira, dia 21 de setembro, foi encontrada em uma casa abandonada, na tarde desta terça-feira, dia 25.

De acordo com o Delegado Marcelo Armstrong, a jovem foi localizada bem, sem nenhum sinal de lesão, e ela própria relatou que não queria voltar para a casa da mãe.

A mãe da adolescente, Marcela Archilla, já havia entrado em contato com a equipe do AssisCity para buscar informações sobre o paradeiro da filha.

Segundo a mãe, Bianca saiu na sexta-feira, dia 21, às 18h30, para ir para a escola e desde então não havia mais feito contato com a família.

*Atualizada às 13h38 - 27/09/2018

Mãe de adolescente que estava desaparecida desabafa sobre comentários maldosos a respeito da jovem

Marcela Archilla diz que é preciso sempre ver os dois lados

Após a notícia do aparecimento da adolescente Bianca Archilla, de 15 anos, um grande volume de comentários a seu respeito pipocaram nas redes sociais. A garota foi encontrada na tarde desta terça-feira, 25. Ela relatou ao delegado de polícia que estava bem e ela mesma havia se escondido por querer mais liberdade, pois não queria voltar para a casa da mãe.

A mãe da jovem, Marcela Archilla, entrou em contato com a equipe do AssisCity para fazer um desabafo sobre a situação. "Eu gostaria de dizer que, por mais que eu seja trabalhadora, eu posso ter errado em algum momento para poder desencadear esse tipo de coisa. Ela é uma menina doce, trabalhadora, sempre me ajudou, levou e buscou a irmã na creche. Ela lava roupa, cozinha, limpa a casa, é esperta, inteligente, com uma educação muito boa.

Posso não ter dado uma atenção necessária para ela e não posso nem me culpar totalmente, nem ela. Esses comentários estão sendo uma facada em mim. Afinal, eu sou a mãe dela e sei o quão doce ela é. Se eu estou conquistando minhas coisas, eu também devo a ela e meu outro filho, de 12 anos. Se não fosse por eles, não teria conseguido.

Acho que esses comentários, que ela deveria levar palmadas e etc, a gente não tira a razão. Tudo bem, ela fez errado, mas a forma que eu vou corrigir ou não será da minha autoria. Não quero que ela seja crucificada.

Queria que as pessoas entendessem, vissem os dois lados da moeda e seja uma forma de chamar minha atenção para pedir ajuda. Não ficar só crucificando. Ela me deixou preocupada, claro, mas posso olhar de outra forma, que ela pode ter me dito e eu não consegui entender.

Ela é uma menina muito doce, prestativa, quem conhece sabe verdadeiramente o que ela é. Ela não precisa ser chacoteada dessa forma. Não gostei de nenhum dos comentários. Ninguém deveria levar a culpa, pois cada um tem seus problemas e particularidades. Ninguém é perfeito. Você vai atirar a primeira pedra sendo que você também tem defeito?

Sou o que sou hoje por causa dos meus filhos. Não me arrependo de ter tido, ultrapassado na correria e nos afazeres, sendo muito mais rígida do que o necessário. Precisamos de mais sentimento e coração. Ela não é uma menina mimada. Damos sim amor, carinho, mas não tem mimo.

Talvez tenha sido uma forma dela se expressar. Chorei muito por causa dos comentários, porque ela não merece. Ela me fez passar nervoso, mas os xingamentos.

E além disso, temos que agradecer a Deus por não ter acontecido nada com ela. Às vezes ela está encobertando alguma pessoa e está falando essa simples história, de não querer mais morar em casa, mas pode ter alguma coisa por trás disso.

Só temos que agradecer a Deus e não crucificar, porque não somos nada diante d'Ele. Não podemos fazer julgamentos, mas entender o outro lado das pessoas. Eu às vezes erro não porque eu quero, mas pelas circunstâncias, como todo mundo. Às vezes as circunstâncias nos cegam de uma forma que não conseguimos enxergar mais nada", conclui.

A adolescente estava escondida, pois não queria voltar para a casa

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