Governo de S.Paulo não vai mais negociar com agentes penitenciários, afirma Sindasp
O governo está irredutível e disse que não vai mais negociar as reivindicações da pauta 2013 da categoria dos agentes de segurança penitenciária (ASP) com o Sindasp-SP. A informação é do presidente do sindicato, Daniel Grandolfo.
O sindicalista está em São Paulo, junto com os diretores Cícero Felix e Donizete Rodrigues, tentando negociar e aguardando que o governo apresente uma nova proposta. "Buscamos todas as formas possíveis de negociação, inclusive com diversas autoridades, mas a resposta do governo foi a mesma e disse não vai mais negociar com o Sindasp-SP, apenas com outras duas instituições", disse Grandolfo.
O Sindasp-SP realizou assembleias gerais, de 3 a 25 de fevereiro, e ouviu a vontade da categoria. Os servidores foram unânimes em declarar a insatisfação salarial e decretaram greve geral no sistema penitenciário, que teve início na última segunda-feira.
Na manhã de terça-feira (11), ocorreu uma reunião com representantes do governo no Palácio dos Bandeirantes e os diretores do Sindasp-SP, onde foi apresentada uma proposta à categoria. Ainda na terça-feira, à noite, ocorreram 12 assembleias gerais em diversas regiões do Estado e a proposta apresentada pelo governo foi rejeitada por nove votos contra e três a favor, o que determinou a continuidade da greve por tempo indeterminado.
Após esses fatos, outras duas instituições sindicais que não haviam aderido à greve e nem se manifestado à categoria, simplesmente, desde ontem, resolveram espalhar que agora estão no movimento e, estranhamente, o governo diz que vai negociar apenas com tais instituições para por fim à greve e não negociará mais com o Sindasp-SP que faz a vontade dos servidores.
"Caso o governo realmente negocie com essas duas instituições, ao contrário do que elas fizeram conosco, vamos apoiar e apresentar a proposta em assembleia para que a categoria tenha conhecimento, vote e decida se aceita ou rejeita aquilo que deverá ser proposto", finalizou Grandolfo.
SITUAÇÃO NA REGIÃO
Tanto os agentes penitenciários de Assis quanto os de Paraguaçu Paulista aderiram à paralisação iniciada na segunda-feira, dia 10. Uma das medidas é o não recebimento de novos presos vindos da cadeia pública de Lutécia, que em três dias já atingiu o acúmulo de 30 detentos recolhidos, entre adultos e menores, onde o limite é de 40 pessoas.
Uma das razões da greve é a superlotação das penitenciárias em todo o Estado de São Paulo. Confira a seguir os números das unidades prisionais da região quanto a lotação máxima e o número atual de detentos que é muito superior, segundo a contagem feita em 10 de março pela Secretaria da Administração Penitenciária.
ASSIS - PENITENCIÁRIA
Lotação: 829 - população: 1.282
ANEXO DE DETENÇÇÃO PROVISÓRIA
Lotação: 288 - população: 522
PARAGUAÇU - PENITENCIÁRIA
Lotação: 844 - população: 1.716.
Agentes penitenciários de Paraguaçu Paulista
Agentes penitenciários de Assis