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Comerciante denuncia mãe e filha por dar golpe pedindo ajuda para entidades

O mototaxista revelou ainda que também recolhe contribuições de diversas empresas da cidade, dos ramos de padaria, bicicletaria, motos, autoelétrica, joalheria, entre outras, além de pessoas físicas, e que nunca desconfiou das mulheres denunciadas.

Redação Assiscity.com

  • 16/08/14
  • 09:00
  • Atualizado há 505 semanas

Tendo um mototaxista de 31 anos como testemunha, um comerciante de 45 anos, morador do Jardim América, em Assis, registrou na noite de quinta-feira, dia 14, um boletim de estelionato, denunciando um golpe do qual muitas empresas e pessoas de Assis podem ter sido vítimas, caso seja comprovado. As acusadas, segundo a denúncia, são duas mulheres, mãe e filha, que pedem contribuições em dinheiro em nome de instituições de caridade como forma de convencer as vítimas do golpe a darem dinheiro, que é entregue em mãos às supostas estelionatárias por serviço de mototaxi.

Ao delegado plantonista Luiz Antonio Ramão, o denunciante informou os nomes de mãe (J.) e da filha (A.), suas características físicas, telefone e endereço, em uma rua que fica próxima à escola Dr. Clybas Pinto Ferraz. Segundo o comerciante, com ele o golpe teve início há cerca de um ano, quando começou a receber ligações telefônicas de mulheres que se identificaram como colaboradoras do "Sopão Fraterno". Com esta identidade, pediam contribuições em dinheiro para custear despesas de gás da instituição.

Conta que depois de colaborar por seis meses com uma cota de gás ao mês, descobriu que havia em sua conta, em estabelecimento da cidade, várias cotas de gás solicitadas pela suposta instituição e que não tinham sido autorizada. Cancelou as contribuições e apurou o endereço em que as cotas eram entregues, na casa das autoras.

NOVA INSTITUIÇÃO

Esta semana, o denunciante recebeu ligação de pessoa que se identificou como "K.", de uma instituição ligada à igreja católica com o mesmo pedido de contribuição em dinheiro para custear compra de gás. A vítima desconfiou e entrou em contato com a entidade, mas foi informada que na data do pedido a funcionária "K." estava viajando e, portanto, não fez nenhum telefonema. Entendeu-se que quando executa as ligações, nomes de legítimas funcionárias de instituições existentes são usados para que o golpe dê certo.

Ao comprovar o estelionato, o comerciante concordou em contribuir para descobrir mais informações. Na quinta-feira, o mototaxista foi receber a contribuição e confirmou ao denunciante que sempre é requisitado por pessoas que se identificam como "J." e "A.", mãe e filha, residentes em um sobrado com muros altos e portão fechado, e que elas faziam cobranças em nome de duas instituições.

O mototaxista revelou ainda que também recolhe contribuições de diversas empresas da cidade, dos ramos de padaria, bicicletaria, motos, autoelétrica, joalheria, entre outras, além de pessoas físicas, e que nunca desconfiou das mulheres denunciadas.

ESQUEMA

O cobrador delatou que ia até a casa das acusadas, pegava o recibo do "Sopão Fraterno", fazia as cobranças e voltava para entregar o dinheiro em mãos. Recentemente, passou a fazer cobranças para a filha da mulher em nome de uma instituição ligada à igreja, mas sem o fornecimento de recibo.

Por fim, é revelado que a mãe acusada de aplicar o golpe tem no Facebook uma página de comida caseira e que a conheceu fazendo entrega de comida antes de começar a fazer o serviço de cobrança em dinheiro. Por enquanto, a Polícia Civil não apresentou outra versão dos fatos, pois nenhuma das acusadas foi ouvida e o caso segue para investigação da Central de Polícia Judiciária de Assis.

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