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"Salvar vidas hoje tem sido um trabalho árduo", considera o médico intensivista Dr. Leonardo Fantinato Menegon

Ele atua na Santa Casa de Assis, de Rancharia, Paraguaçu Paulista e HR de Presidente Prudente

Redação AssisCity/ Foto: Santa Casa de Assis

  • 01/04/21
  • 09:00
  • Atualizado há 160 semanas

Hoje o Portal AssisCity em parceria com a Santa Casa de Assis apresenta mais um herói da pandemia da instituição, representando seus profissionais da saúde, do Brasil e de todo o mundo, que estão na linha de frente no combate à COVID-19. São eles que arriscam suas vidas, afastam-se de seus familiares, fazem horas e horas de plantões e vibram quando salvam vidas.

O segundo herói da pandemia é o médico intensivista Dr. Leonardo Fantinato Menegon, formado na Unicamp em 1998, natural de Araraquara. Apesar de morar em Presidente Prudente, o médico atua na Santa Casa de Assis, na Santa Casa de Paraguaçu Paulista, na Santa Casa de Rancharia e no Hospital Regional de Presidente Prudente.

Pelo que se vê, Dr. Leonardo tem uma vida bastante dinâmica, em longos períodos semanais pela estrada, momentos que servem de reflexão e até mesmo de descanso entre um trabalho e outro. Ou até mesmo de trabalho por meio do telefone.

O médico, que atua em uma das mais estressantes especialidades, que é na UTI, fica meses sem ver as duas filhas para seguir uma de suas "missões de vida, que nesse momento de pandemia significa um desafio a ser superado", segundo ele mesmo.

Dr. Leonardo faz uma nova leitura de escolha da sua profissão: "Hoje vejo que não escolhi essa profissão, fui escolhido por ela e o maior desafio é oferecer o melhor para todos os pacientes e evitar que haja sofrimento por falta de recursos".

Divulgação -
"Hoje vejo que não escolhi essa profissão, fui escolhido por ela e o maior desafio é oferecer o melhor para todos os pacientes e evitar que haja sofrimento por falta de recursos", diz médico

Para o médico intensivista, que passa a maior parte dos seus dias dentro de uma UTI, esse momento tem sido de muita dor. "Nunca imaginei viver uma pandemia como essa e, apesar de a morte fazer parte da minha vida por ser intensivista, ver tantas mortes como agora tem sido doloroso", desabafa o médico.

Emocionado, Dr. Leonardo fala como tem sido salvar vidas nesse momento de tristeza para os profissionais de saúde, pacientes e famílias. "Salvar vidas hoje tem sido um trabalho árduo, realizado não somente pelo médico, mas por uma equipe multiprofissional empenhada de corpo e alma da recuperação dos enfermos", relata.

O médico intensivista, que tem uma carga horária pesada, e não estando fisicamente no local de trabalho, até mesmo em sua casa, não se desliga do trabalho. "Todos nós, profissionais da saúde estamos com uma carga horária puxada. Mesmo em casa, estou resolvendo coisas do trabalho, pois o envolvimento é grande e tudo tem que ser resolvido, independente do horário", diz Dr. Leonardo.

De forma muito simples, o médico que atua dentro das UTIs é sincero quando fala do estado emocional dos profissionais da saúde da linha de frente no enfrentamento dessa doença que surgiu de forma inesperada e avassaladora: "Nós, profissionais da saúde, estamos fisicamente e emocionalmente exaustos, desagastados, muitos angustiados e tristes".

Divorciado, Dr. Leonardo fala da saudade das filhas e da mãe. "Minhas filhas moram em outra cidade. No início da pandemia fiquei cinco meses sem vê-las. Agora, novamente, por conta do aumento dos casos e do trabalho, já estou há um mês sem me encontrar com elas, e estou há mais de um ano sem ver minha mãe. Esse distanciamento da família é triste, mas também necessário", considera o médico.

Nos próximos dias vamos trazer mais heróis da pandemia da Santa Casa de Assis das diversas áreas, médicos, enfermeiros, limpeza, acompanhe.

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