Buscar no site

Clínica para dependentes químicos de Assis não tem setor feminino desde 2013

O prédio utilizado era da Prefeitura, que pediu o prédio de volta

Redação AssisCity

  • 26/02/16
  • 07:00
  • Atualizado há 426 semanas

A Comunidade Terapêutica para Fármacos Dependentes Monte Sião (CREMOS) completa 16 anos em abril e não possui mais o setor feminino de tratamento desde 2013.

O prédio destinado às pacientes femininas era emprestado pela Prefeitura e foi pedido de volta, mesmo após reformas feitas pela própria entidade. Atualmente, a CREMOS não recebe nenhum auxílio financeiro do Governo Federal, nem do Município, nem do Estado.

O coordenador geral da CREMOS, Reinaldo Anacleto, explica que "é feita uma triagem dos casos de internação em Assis e, depois disso, nós encaminhamos as mulheres para Jaú. Nós temos um convênio com uma clínica particular de lá e cerca de seis vagas disponíveis. Dois empresários de Assis ajudam com os custos de internação, que são cerca de R$900,00, ao mês, por paciente. A procura é muito grande e infelizmente não conseguimos atender toda a demanda. Semana passada uma paciente foi encaminhada e essa semana levaremos outra", complementa.

A clínica de Jaú é de contenção, destinada a casos de dependência de alta complexidade. Há tratamento medicamentoso nos primeiros meses e a paciente só pode sair com a autorização da família. Depois de dois ou três meses, as mulheres são encaminhadas para uma clínica voluntária, na qual elas permanecem por vontade própria.

Em Assis, a CREMOS realiza a internação masculina voluntária. A capacidade é para 21 pacientes e atualmente o número é de 16 internos. Ao todo são cinco funcionários e cerca de 12 voluntários. "São realizadas atividades das 6h da até às 22h, como palestras sobre espiritualidade, estudos sobre recaídas, atendimento médico e psiquiátrico individual e coletivo, além de terapias, atividades com animais, cuidados com horta e aulas de educação física", explica Reinaldo.

"Os pacientes recebem visitas uma vez por mês e, a partir do terceiro mês, eles fazem um trabalho de reinserção social, podendo visitar a família em casa, numa tentativa de fortalecer esse vínculo", complementa.

Para os casos mais complexos, a entidade tem parceria com uma clínica em Mairiporã, com internação de contenção.

Não há critérios para a internação, exceto a disposição do paciente em buscar tratamento. "Depois da procura, uma psicóloga avalia o quadro da doença; o paciente deve apresentar uma lista de exames e também de enxoval, pois como ele mora na clínica, precisa de materiais como caderno, apostilas, produtos de limpeza, entre outros", explica Reinaldo.

Para contribuir com a entidade ou buscar mais informações, o site é www.cremos.org.br. O telefone para contato é (18) 3323-2976.

Coordenador geral, Reinaldo Anacleto

Vista aérea da CREMOS

Receba nossas notícias em primeira mão!