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"É uma felicidade devolver um paciente para a sua vida e sua família", relata a fisioterapeuta Ana Paula Dulon Cutrale

Ela é formada pela Universidade São Camilo desde 2012

Redação AssisCity

  • 24/06/21
  • 08:00
  • Atualizado há 148 semanas

A série Heróis da Pandemia de hoje, do Portal AssisCity em parceria com a Santa Casa de Assis, apresenta mais uma heroína da pandemia da instituição, representando seus profissionais da saúde, do Brasil e de todo o mundo, que estão na linha de frente no combate à COVID-19. São eles que arriscam suas vidas, afastam-se de seus familiares, fazem horas e horas de plantões e vibram quando salvam vidas.

"É uma alegria quando temos um paciente que sai da intubação na UTI COVID. Uma felicidade devolvê-lo para a sua vida e sua família". Esse é o sentimento mais nobre da fisioterapeuta paulista Ana Paula Dulon Cutrale, de 32 anos, formada pela Universidade São Camilo, em 2012, e que mora em Assis e trabalha na Santa Casa .

O amor ao próximo, a dedicação a pacientes, retomada da vida e o bem estar, tudo isso é o que representa a profissão para Ana Paula, que escolheu a profissão a dedo. Isso mesmo, a dedo! Afinal, ela pesquisou muito os benefícios e os resultados que a fisioterapia tem para os pacientes e queria fazer parte do processo de melhora em sua saúde.

Divulgação - Ana Paula Dulon Cutrale, fisioterapeuta
Ana Paula Dulon Cutrale, fisioterapeuta

Mas, a fisioterapeuta não imaginava que um dia passaria por "um momento tão delicado que mudou a vida de todos, principalmente dos profissionais de saúde". E, poder atuar nesse momento e ser instrumento para salvar vidas, segundo ela, "é um grande orgulho, principalmente na Santa Casa de Assis, vendo o empenho de todos nessa luta".

Essa luta tem tristezas, em especial para quem tem como desafio salvar vidas e depara-se com tantas mortes. Para Ana Paula isso "tem sido terrível, pois cada vida que perdemos representa uma frustação profunda. Apesar de tantos esforços da equipe, essa doença, em alguns casos, nos deixa completamente impotentes".

Ainda, sobre tristeza, Ana Paula fala de como é para os profissionais da saúde perder tantas pessoas para esse vírus. "Nós estamos no limite. Perder um paciente praticamente todos os dias, lidar com o estresse e a pressão diária nos afetam psicologicamente, e isso nos deixa tristes", confessa a fisioterapeuta, que diz estar muito difícil o convívio familiar, pois transfere aos pais e às pessoas que ama o medo do contágio.

Ah! As alegrias!!! As tristezas!!! Os medos!!! Tudo isso existe nesse momento e torna-se um verdadeiro desafio lidar com todos esses sentimentos. Mas, com amor, comprometimento e juramento de lutar até o fim para salvar uma vida, os profissionais da saúde seguem trabalhando e se desdobrando para que cada paciente tenha a sua vitória, e, apesar de vacinados, para não serem contaminados e colocarem suas próprias vidas e de seus familiares em risco.

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